quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nelson Tanure

Filho de pai espanhol e mãe brasileira, Nelson Tanure graduou-se em Administração de Empresas pela Universidade Federal da Bahia. Iniciou sua vida empresarial ao lado do pai, José Sequeiros, numa empresa do setor imobiliário - a Cinasa. Em 1977, aos 25 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro.[1]
Na década de 1980, no Rio de Janeiro, o empresário comprou participação minoritária na empresa Sequip, especializada em serviços de engenharia para a indústria do petróleo. Em 1986, adquiriu o estaleiro Emaq, então em situação falimentar. As atividades do estaleiro, na época com somente 140 empregados, estavam paralisadas. O Emaq, atual Eisa (Estaleiro Ilha S/A.), foi vendido em 1994.
Ainda na década de 1980, Nelson Tanure tornou-se sócio da empresa francesa Comex, de serviços de petróleo, e da canadense Hydrospace. Na mesma época, tornou-se representante e sócio minoritário da filial brasileira do grupo francês CGEE Alsthon, com atuação na área de energia elétrica, especialmente no fornecimento de produtos para hidroelétricas.
Na década de 1990, Nelson Tanure adquiriu o estaleiro Verolme, um dos maiores do mundo, instalado no Rio de Janeiro. A empresa enfrentava, em 1991, processo de concordata na Justiça e estava com suas atividades paralisadas. Contava, à época, com menos de 50 funcionários. Sob a liderança do empresário, em 1994, o Verolme fundiu-se ao estaleiro japonês Ishibras. Nelson Tanure também comprou a Sul América de Engenharia S/A, que pertenceu à General Electric (GE), como empresa especializada em linhas de transmissão de energia. Adquiriu a Vigesa (Villares-General Electric S/A.), especializada em produção de turbinas e geradores de energia. Instalada em Araraquara (SP), a indústria foi, naquele tempo, a maior fábrica de bens de capital do Brasil. Em 1997, o empresário vendeu a Sul América de Engenharia e a Vigesa.
Em 2000, Nelson Tanure, até então sócio minoritário da histórica Companhia Docas de Santos (SP), comprou o controle da família Paula Machado e tornou-se, assim, sócio majoritário. O empresário fez uma série de associações com outros grupos empresariais e recebeu a nova denominação, Docas Investimentos S.A., que o empresário Nelson Tanure conduz até hoje. A Docas Investimentos passou, então, a incorporar empresas em diferentes áreas (petróleo, reparação naval, energia elétrica, empreendimentos imobiliários e projetos internacionais de telecomunicações).
Em 2001, assumiu, por arrendamento, o histórico Jornal do Brasil (JB) da família Nascimento Brito, em situação pré-falimentar. O Jornal do Brasil, sob sua administração, fez também ampla parceria com o New York Times. Em 2003, o empresário negociou a mesma operação de arrendamento da marca Gazeta Mercantil, jornal de economia fundado em 1920, que até então era dirigido por seu proprietário Luiz Fernando Levy. Em 2009, Tanure exerceu direito de rescisão contratual do arrendamento da marca Gazeta Mercantil e restituiu-a à empresa de Luiz Fernando Levy. Desde então, a Gazeta Mercantil não tem sido publicada. O empresário possui dívidas milionárias com veículos de comunicação.[2] Uma reportagem da TV Bandeirantes sobre a gestão empresarial de Tanure causou atrito entre a emissora e o Jornal do Brasil.[3][4]
Em 2009, Nelson Tanure mudou o foco de seus investimentos da mídia jornalística para outras áreas de comunicação. Vendeu todos seus títulos de revistas e outras publicações, mantendo, no entanto, o Jornal do Brasil. Em abril do mesmo ano, negociou a fusão da Intelig com a TIM do Brasil, tornou acionista da nova empresa. As dívidas estimadas em R$ 100 milhões obrigaram Tanure a encerrar a circulação da versão impressa do Jornal do Brasil, que passou a ter apenas a versão da internet. [5]
Nelson Tanure foi por muitos anos vice-presidente da Orquestra Sinfônica Brasileira, no Rio. É Cidadão do Rio de Janeiro (RJ), Cidadão de Manaus (AM), e foi agraciado com a Medalha Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

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