Filho de pai operário de estrada de ferro e mãe dona de casa, JC nasceu pobre em Brotas, no interior da Bahia, mas aos 26 anos já tinha feito seu primeiro milhão de dólares como geólogo. “Dormi na cama dos meus pais, entre eles, até os 16 anos de idade, de medo, porque sempre vi e ouvi espíritos, vozes, passos, assombrações”, conta. “Hoje, o invisível me interessa muito mais do que o visível”. Espírita que psicografa mensagens vindas de outros planos de vida, homem que medita três horas a cada dia, ex-monge beneditino, JC, que não bebe álcool e não fuma, gosta de falar o que pensa, sem freios. “Meu pai era humilde, o pai de Eike era ministro, mas hoje eu sou geólogo e ele não é formado em nada. Eu pago as minhas contas, ele não. Eu faço amigos, ele pratica bulliyng contra seus executivos. Meus projetos se viabilizam, mas os dele ficam só no IPO (abertura de capital em bolsa). Eike é o rei do IPO, um criador de bolhas”. Recentemente, eles se encontraram no restaurante do empresário, no Rio, o Mr. Lamb. “Eike, me pague o que você deve”, disse JC. “Você já é rico, não precisa disso”, devolveu o anfitrião, na versão do geólogo.
Aos 62 anos, JC exibe um currículo que inclui a descoberta de 13 grandes reservas minerais no subsolo do Brasil. Níquel, cobre, calcário, minério de ferro, dolomita e ouro, em grandes quantidades, JC descobriu. “A legislação de exploração e uso do subsolo no Brasil é bastante democrática”, diz ele. “Qualquer mendigo com 590 reais pode entrar no negócio”, completa, referindo-se ao valor da taxa a ser paga ao governo para requerer a exploração do subsolo. A concessão para a pesquisa dura três anos. Depois desse período, a exploração comercial tem de começar, sob pena da expiração da licença.
É o próprio geólogo quem faz as principais buscas por novas minas. JC tem uma equipe de mais de 20 geólogos na sua empresa World Mineral Resoucers, usa aviões para o levantamento geofísico das áreas em vista e trabalha sobre imagens de satélite, mas não abre mão de ir a campo. “A paleta, um martelo, bússola, cavalo e jegue são as minhas ferramentas principais”, diz ele. “Não abro mão de explorar pessoalmente o mato para descobrir novas riquezas”. No momento, três das minas que ele descobriu começam a entrar em processo de produção. Na Bahia, onde é sócio de um grupo indiano, ligado à família Mittal, na empresa Bahia Mineração, uma mina capaz de produzir 20 milhões de toneladas de ferro por ano inicia sua produção em 2012. Entre o norte de Minas Gerais e o sul da Bahia, JC está com a Votorantim Novos Negócios na exploração de outra mina, com potencial para 30 milhões de toneladas de ferro por ano. E no Piauí, em parceria com o grupo Opportunity, ele acredita que em breve será iniciada a exploração comercial de uma lavra com capacidade total de retirada de 800 milhões de toneladas de minério de ferro. “As encomendas que o mercado me faz, eu entrego; o Eike, não. Ele não gosta de cumprir o combinado”, ataca. Em seguida, mais calma, atalha: “Todos esse projetos significaram a abertura de 100 mil novos empregos, uma satisfação completa para mim”.
No modelo de negócio de JC, ele descobre as minas e, quando se assegura dos direitos sobre elas, procura um parceiro com capital suficiente para fazer a viabilização comercial. “Faço leilões privados, já tenho mercado lá fora”, afirma. “As empresas disputam entre si para ver quem será meu sócio”. De fato, ele é hoje, graças a seus feitos e a divulgação que eles alcançaram por meio de publicações como o The New York Times, que o chamou de “geólogo do cosmos”, um profissional de renome mundial. JC tem um índice de acerto dez vezes superior à média dos seus colegas, que é de 3 descobertas em cem tentativas. “Estive na Praça Vermelha, em Pequim, e se formou uma fila de gente para ter o meu autógrafo”, ilustra. “Disseram que era porque eu parecia o George Lucas, diretor de Star Wars, mas um rapaz da fila disse que todos sabiam que ali estava o ‘rei da mineração’”.
Poder voltar a praticar mineração, aliás, é o motivo para a alegria que JC reveza com a fúria. “Eu estava preso como um bode, mas agora sou livre como um pássaro”, compara. Ao desfazer uma sociedade com o banqueiro Daniel Dantas, formada para a exploração de uma lavra de minério de ferro, ele assinou um acordo de “no compete”, pelo qual não poderia ser um concorrente do próprio Dantas. Esse arranjo durou os últimos três anos. Um acordo entre eles, porém, deixou JC livre, em dezembro de 2010, para voltar a praticar a sua geologia de resultados. Ele está esfregando as mãos. Neste momento, você pode encontrá-lo a caminho do interior da Bahia, onde vai subir no lombo de um jegue, pegar sua paleta, bater seu martelo e conversar com seus espíritos. O geólogo bilionário João Carlos Cavalcanti, provavelmente, está perto de mais uma grande descoberta. Seu desafeto Eike Batista pode ter mesmo, desta vez, mexido com o sujeito errado.
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ResponderExcluirEste projeto está ligado a outros grandes investimentos do sempre multi emprendedor Eike Batista, que com visão surpreendente e uma interligação mercadológica incrível, ele articula as suas associações trazendo investidores e toda a sorte de bons parceiros, envolve todas as suas gama de moedas e como em um passe de mágica tudo se transforma; Novos sócios e emprendedores de um Grupo no estado do Pará, negociam uma reserva mineral de grande volume tendo a responsabilidade de viabilização do negócio o empresário Marcio Cavalheiro, que lidera pesquisadores, emprendedores, e associados que financiaram as pesquisas, sondagens e legalização do negócio, e agora todos participam dos empreendimentos como cotistas dentro da construção de Shoppings e outros investimentos no novo Alphaville, dinheiro não vai faltar pois todos querem uma diversidade de negócios.
João Carlos Cavalcanti
ExcluirA parceria no estado do Pará tem o impasse de ser uma jazida completa que está garantida pelo Grupo paranaense liderada pelo empresário Márcio cavalheiro que sempre está garantindo cuidadosamente os interesses dos envolvidos, mas a velocidade das informações faz com que outros interessados procurem caminhos alternativos para fazer o mesmo negócio, ou forçar parcerias nem sempre salutares aos sócios e investidores que esperam ansiosos por resultados, Eike Batista está a espera de decisões mais precisas e seu Grupo não perde tempo, João Carlos Cavalcanti agiu sempre com temperança e é isso que aconselha aos futuros milionários, paciência é diferente de perder oportunidades, hoje é seu amanhã??? O emprendedor Marcio Cavalheiro lider de geólogos, pesquisadores e investidores, ainda faz menção a Ativismo em proteção ao meio ambiente, contrário a atividade extrativista a que estão inclinados, tem postura política indefinida assim como a fortuna de muitos que está a espera de definição.
TIME IS MONEY