Os anos, porém, mostraram que o brilhantismo de Stuhlberger o levou a alçar voos muito maiores do que os que ele poderia imaginar quando era apenas um estudante. Sócio da Credit Suisse Hedging-Griffo, administradora de recursos com mais de R$ 30 bilhões em carteira, é responsável por um dos maiores fundos do mundo: o Credit Suisse Hedging-Griffo Verde, que representa 30% dos ativos sob gestão da administradora, com mais de 10 mil clientes e valorização de mais de 3.000% em cerca de 10 anos, contando a partir de sua criação, em 1997.
De engenheiro a investidor – Muitos são os engenheiros que, dada a facilidade com os números, acabam colocando um pé dentro do mercado financeiro. No caso de Stuhlberger, depois da faculdade de engenharia, a opção foi cursar uma pós em administração. A carreira começou nos anos 80, no banco Expansão, instituição criada por seu pai, David, graças aos prósperos negócios obtidos no ramo de engenharia (David também era engenheiro formado pela Politécnica).
O banco Expansão possuía participação em uma corretora, a Griffo, o que permitiu a Stuhlberger conhecer melhor o mundo das finanças e ficar fascinado por ele. Mas a felicidade de trabalhar com os negócios da família durou pouco. Ainda nos anos 80, ao voltar de sua lua-de-mel, Stuhlberger foi avisado que seu pai, que também possuía uma petrolífera, tivera que vender as instituições para cobrir despesas relacionadas ao choque do petróleo. Stuhlberger permaneceu na Griffo como operador, ganhando um salário que variaria conforme seu desempenho. Mas em pouco tempo, começou a vencer exatamente em razão de uma performance muito superior à média.
História de sucesso
-> Em 1982, Stuhlberger já era conhecido como “rei do ouro”, pois em plena crise de reservas da commodity, havia sido esperto o bastante por ter investido no metal. Dois anos depois, o chefe do Departamento de Operações Internacionais do Banco Central, Emílio Garofalo, o chamou para atuar como representante junto aos operadores de ouro do mercado, o que aumentou ainda mais o sucesso da Griffo no mercado.
-> A experiência acumulada com as negociações em ouro foram levadas para o mercado financeiro. E, na década de 90, ele aproveitou para aprender em detalhes a respeito do funcionamento de uma administradora de recursos, quando a gestora de recursos Linear trabalhou em parceria com a então Hedging-Griffo.
-> A experiência acumulada o levou a abrir seu próprio fundo de investimento, exatamente o Verde, um dos maiores sucessos do mercado, que enfrentou as crises da Ásia e da Rússia e acumulou rentabilidades incríveis desde que foi criado.
Receita que deu certo – Muito trabalho, inteligência acima de média, e investimento amplo em pesquisa e informação são receitas para o sucesso deste investidor. Ele já afirmou que, enquanto a maioria dos gestores fica observando a tela do computador, ele prefere almoçar com pessoas do mercado e se manter informado de outras formas. “O mercado para mim é maria-vai-com-as-outras. É igual a concurso de miss. Ninguém vota na mais bonita, votam na que acham que os outros vão achar mais bonita”, disse.
A seguir, algumas das frases já ditas por este brilhante investidor que podem servir de receita para o seu investimento:
“Tudo o que eu faço é comprar barato."
"Eu sou muito disciplinado nos meus estudos, leio uma quantidade absurda de relatórios e depois tiro minhas conclusões.”
“Faço uma análise macro e uma análise micro de cada setor, e vou para a economia real ouvir as pessoas."
"O único instinto que uso é o da sobrevivência, que está no meu DNA judaico. Todas as minhas decisões são bem embasadas. Acho que meu negócio dá certo porque sou o gestor mais covarde que existe. Morro de medo de perder o dinheiro dos outros. E o meu também."
"Se não se ganha na Bolsa em um ano, pode-se ganhar em outros nove anos. O investidor deve ter uma parcela de sua poupança em ações ou fundos de renda variável, porém sempre pensando num horizonte de retorno de longo prazo."
"Eu sou muito disciplinado nos meus estudos, leio uma quantidade absurda de relatórios e depois tiro minhas conclusões.”
“Faço uma análise macro e uma análise micro de cada setor, e vou para a economia real ouvir as pessoas."
"O único instinto que uso é o da sobrevivência, que está no meu DNA judaico. Todas as minhas decisões são bem embasadas. Acho que meu negócio dá certo porque sou o gestor mais covarde que existe. Morro de medo de perder o dinheiro dos outros. E o meu também."
"Se não se ganha na Bolsa em um ano, pode-se ganhar em outros nove anos. O investidor deve ter uma parcela de sua poupança em ações ou fundos de renda variável, porém sempre pensando num horizonte de retorno de longo prazo."
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