sábado, 25 de fevereiro de 2012

Adalberto Jr. fez fortuna emprestando a juros

O empresário Adalberto Salgado Júnior, de 49 anos, é apontado em Juiz de Fora como o homem de negócios mais bem sucedido da cidade. Ele chegou a ser dono da maior rede de postos de gasolina, mas fontes ouvidas pelo Estado contaram que 'Adalbertinho', como é conhecido, fez fortuna nos últimos 20 anos emprestando dinheiro a juros para empresários e comerciantes de tradicionais famílias de Juiz de Fora.
Salgado Júnior teria entrado no 'ramo' por influência do pai, no início da década de 1990. Atualmente, o foco de seus negócios é a área imobiliária. É considerado dono de boa parte dos imóveis localizados no centro comercial do município. Um influente político da região conta que é 'uma pessoa que está sempre buscando e obtendo bons negócios'. 'Mas o curioso é que ele não tem nenhuma grande empresa. Pelo menos que seja conhecida.'
Conforme moradores, o empresário costuma circular em carros de luxo, inclusive uma Ferrari. Apesar disso, é considerado discreto. Evita festas e eventos sociais, sendo mais visto em restaurantes. Em 2004, adquiriu uma cobertura na rua Rei Alberto, num prédio da região central, tido como o mais caro de Juiz de Fora, onde mora também o senador eleito e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG).
No Rio de Janeiro, Salgado Júnior é dono de um apartamento na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, que teria sido adquirido no ano passado da família Sendas. O imóvel estava sendo reformado para ser vendido. O preço: cerca de R$ 30 milhões. O prédio de 17 andares é considerado no mercado um dos mais caros da capital fluminense.
A relação de 'Adalbertinho' com o Panamericano também é conhecida na cidade. Pessoas ouvidas pela reportagem afirmaram que ele vinha capitaneando aplicações no banco de Silvio Santos, incentivando familiares, funcionários e outros empresários a fazer o mesmo.
Conforme pesquisa no Tribunal de Justiça de Minas, na comarca de Juiz de Fora, Salgado Júnior responde a processo de execução fiscal movido pela Fazenda do município. Ele e a mulher aparecem também como réus em quatro processos movidos pela Petrobrás Distribuidora contra postos de gasolina dos quais são sócios. Procurado, o empresário não foi localizado por telefone. No apartamento de Juiz de Fora, uma funcionária disse que não sabia informar seu paradeiro.

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