O empreendedor americano
Charlie Chanaratsopon provou que o modelo de negócios de importar produtos baratos
da Ásia e revendê-los no Estados Unidos por
um preço pelo menos três vezes maior pode mesmo ser um bom negócio. Em menos de
dez anos, o fundador da rede americana Charlie Charming
já é dono de 284 lojas de acessórios de moda, em 40 estados americanos, avaliadas pelo mercado em
mais de USD 1 bilhão de dólares. Segundo a revista Forbes, sua renda líquida já
é superior a USD 500 milhões de dólares e, até 2018, ele deve conseguir entrar para
o grupo de bilionários da revista americana.
Charlie cresceu
vendo seus pais administrarem a Silver Express, uma pequena empresa que
comprava semi-jóias de prata esterlina da Tailandia e as revendiam para grandes
lojas de varejo como o Walmart, Target, K-Mart
etc. Depois de se formar em finanças e de um curto período trabalhando em um
banco de investimentos, o empresário resolveu ajudar o pai a encontrar um novo
local para sua loja.
Convencido de que
construir um novo local seria melhor do que alugar um, supervisionou a
construção de um pequeno centro comercial. Os espaços que colocou para alugar
foram preenchidos tão rapidamente que ele resolveu investir no negócio: em dois
anos e meio, construiu sete desses complexos.
Se ele já era dono
dos espaços, por que não abrir uma loja própria? Assim surgiu a primeira
Charming Charlie, inaugurada em 2004. A proposta é simples: acessórios
estilosos imitados das grandes marcas a preços muito baixos, todos trazidos da
Ásia, principalmente da Tailândia.
As lojas Charlie
Charming vendem relógios, bolsas, óculos, lenços e até algumas peças de roupas.
Os itens são separados por cores, e não por produto. Isso incentiva os
compradores a perceberem possíveis combinações e levarem mais de uma peça. Os
preços começam em cinco dólares e raramente ultrapassam os 25. A peça mais cara
da loja é uma bolsa de mão para festas (clutch, para os escolados no dicionário
da moda), que sai por 40 dólares.
A primeira loja
foi um sucesso e, com tantos outros espaços para inaugurá-las, a expansão foi
rápida e fácil. A crise de 2008, que quebrou tantos empresários americanos, na
verdade ajudou Charlie Chanaratsopon. Os donos de terrenos estavam loucos para
vendê-los, e ninguém, além de Charlie, queria comprá-los. Além disso, baixos
preços de seus produtos vieram bem a calhar para os consumidores assustados.
Atualmente Charlie abre hoje cinco lojas por mês e pretende,
agora, transformar sua loja em uma marca, para poder exportar para o Oriente
Médio e para a América do Sul. Ele acredita ser possível abrir 5.000 lojas por
todo o mundo nos próximos anos.
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