terça-feira, 2 de julho de 2013

Xaviel Niel o bilionário empreendedor da Internet


O empresário multimilionário self made man da internet de origem francesa Xavier Niel concluiu só o ensino médio num subúrbio proletário de Paris. Hoje, ele ataca frontalmente as classes estabelecidas do país e a elite empresarial.

Atualmente segundo a revista Forbes, Xavier Niel tem uma fortuna de USD 6,6 bilhões. Considerado por muitos como um empresário visionário polemico e oportunista, Xavier Niel ficou multimilionário disponibilizando a internet para milhares de consumidores franceses com o seu provedor de serviços e a sua empresa de telefonia celular de baixo custo.

Xavier Niel é um homem simples, que gosta de jeans e camisas com colarinho aberto. Niel cresceu num lar de classe média na zona sudeste de Paris. Seu pai era consultor de patentes farmacêuticas, e sua mãe era contadora. Aos 13 anos, o pai lhe comprou seu primeiro computador, um Sinclair ZX81.

Em 1993, aos 25 anos, Niel criou o primeiro provedor de internet da França, o WorldNet, que vendeu por mais de US$ 50 milhões, logo antes do estouro da bolha da web.

Em 2002, sua segunda empresa de serviços para a internet, a Free, vendeu o primeiro pacote triplo mundial com telefone, televisão e internet. O serviço Freebox custava a partir de € 29,99 (cerca de US$ 39) por mês, um terço a menos que o preço comum.

A empresa é o segundo maior provedor de serviço da internet francesa. Em janeiro de 2012, ele criou a Free Mobile, que se tornou a quarta operadora francesa de celular. A Free vendia um cartão SIM sem exigência de vínculo e com oferta ilimitada de ligações, mensagens de texto e acesso à internet por € 19,99 (US$ 26) por mês, metade da tarifa do mercado.

Isso ocorreu depois que três grandes operadoras foram incapazes de convencer a Comissão Europeia a bloquear a licença de telefonia celular da Free. Acredita-se que, desde a criação da Free Mobile, essas operadoras já tenham perdido milhões de euros em lucros, já que todas elas criaram novos planos de baixo preço para concorrerem.

A Free Mobile arregimentou 5,2 milhões de clientes durante seu primeiro ano de atividade, ocupando quase 8% do mercado francês de telefonia celular.

A nova empreitada elevou em 49% o faturamento anual da holding de Niel, a Iliad, chegando a € 3,2 bilhões (US$ 4,2 bilhões) no ano passado.

Em partes da França, Niel continua polêmico. Na década de 1990, sua empresa criou um serviço de tele sexo. Em 2004, ele foi detido pela acusação de exploração qualificada do lenocínio, por ser sócio de uma rede de casas de strip tease. Uma delas era fachada para prostituição.

As acusações de exploração do lenocínio foram arquivadas, mas Niel foi condenado por ocultar o desvio de fundos corporativos. Recebeu pena de dois anos com direito a sursis (suspensão condicional da pena), mas não sem antes passar quatro semanas na prisão. "Já fiz muita coisa estúpida na vida", disse Niel. "Essa foi a mais estúpida."

Há dez anos, este empreendedor bilionário investe dezenas de milhões de euros em start-ups tecnológicas. A cada semana, investe em mais duas.